“A Igreja vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva” (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, 24).
Na noite deste último domingo, 13 de dezembro de 2015, III domingo do Tempo do Advento, a igreja particular de Salgueiro, em atenção ao clamor do Santo Padre o Papa Francisco por um mundo mais misericordioso, seguindo as determinações da Santa Sé e em comunhão com outras dioceses do mundo, inaugurou em seu território o Ano Santo da Misericórdia com a abertura da Porta Santa da Catedral de Santo Antônio pelo Excelentíssimo Reverendíssimo Bispo Diocesano Dom Magnus Henrique Lopes, em missa solene celebrada às 19h na praça da Sé. O acontecimento reuniu centenas de pessoas vindas de toda a região, bem assim alguns seminaristas da diocese e foi concelebrada pelos padres Romilson Ferreira de Lima, Vigário da Catedral e José Nilton Matias, administrador da Paróquia Santo Antônio e assistida pelo diácono Fábio Junior.
A princípio, a procissão litúrgica se concentrou próximo ao coreto da praça onde teve início os ritos individuais a esta celebração como a bênção inicial e a proclamação de uma passagem dos evangelhos. Em seguida, foi lida a bula papal Misericordiae Vultus que instaura o Jubileu Extraordinário da Misericórdia que vai de 8 de dezembro de 2015, Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro a 20 de novembro de 2016, Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Concluída esta primeira parte, a procissão se dirigiu solenemente ao presbitério enquanto se entoava o cântico “Abre as portas”, em direção a porta principal da Catedral que fora ricamente ornada para o evento vindouro. Diante dela, agora sob intenso silencio, Dom Magnus, tendo lido a prece própria, abriu a Porta Santa e no interior de sua igreja rezou piedosa e silenciosamente. Feito isto, seguiu-se o rito normal da missa, com exceção do ato penitencial que se deu por aspersão.
Em sua homilia, o bispo diocesano enfatizou a necessidade de um mundo mais piedoso e atento a realidade do próximo e incitou os fieis a praticarem as quatorze obras de misericórdia, sete corporais e sete espirituais, mencionadas no Catecismo da Igreja Católica – CIC, parágrafo 2447. Ao final da celebração eucarística, todos os fieis foram convidados a atravessar a Porta Santa e fazer um breve momento do oração diante do Santíssimo Sacramento que estava exposto no interior da Catedral pelas intenções do Santo Padre, pelas vocações, pela paz no mundo e por este Ano Santo onde a misericórdia deve ser pregada, vivida e motivada.
A história dos Jubileus é caracterizada pelos ritmos de 50 e 25 anos. A tradição de abrir a Porta Santa remonta ao ano de 1423, quando o Papa Martinho V abriu, pela primeira vez na história, um ano jubilar através de uma Porta Santa na Arquibasília de São João de Latrão. Porém, a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro remonta ao Natal de 1499. Nessa ocasião o Papa Alexandre VI quis que as Portas Santas fosse abertas não apenas em São João de Latrão mas também nas outras basílicas maiores, a de São Pedro, Santa Maria Maior e a de São Paulo Extramuros.
Por: PASCOM – Diocese de Salgueiro
Imagens: Freitas Fotografia